sexta-feira, 17 de novembro de 2023

EU E UM PEIXE






Nenhum de nós humanos faz exatamente o que um peixe faz. Ser quem somos nos isola em nós mesmos. Nesse sentido, só podemos expressar o que nosso ser tem, suas próprias possibilidades.

Olho um peixe nadando e, ainda que fosse eu um grande nadador humano, jamais faria aquilo igual a um peixe. Então, para mim, um peixe não é só uma peixe, mas toda uma realidade que está encerrada numa forma de vida a qual tenho que respeitar como a um milagre.

O peixe é o outro. O outro é tudo o que não sou. Inclusive o ar, o fogo, uma cadeira, etc. A xícara que pego em minhas mãos é o outro, apesar de ser um objeto inanimado.

Olho um peixe nadando e digo a mim mesmo: isso é mágico!



|Canal do Vídeo: Bichos TV (https://www.youtube.com/watch?v=iXCJr4MLAUs)


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Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

Púrpura






Geralmente, não usamos certas palavras. "Púrpura", por exemplo. Nós a conhecemos, mas não a tornamos de uso comum.

Diz-se que a cor púrpura é um vermelho escuro tirado para roxo, como se vê na imagem. E, certas vezes, a depender do observador, ainda se dirá que é vinho, violeta, etc. Ainda há quem prefira dizer "magenta", que é outra forma de lhe nomear.

Púrpura ou magenta (roxo?), cor e coisa, parecem-me muito atraentes. Gosto da palavra. E gosto de vê-la. Ver - no sentido de olhar - é apreciar, como se degustássemos algo, saboreando com prazer.

Por fim, lembro-me de que o cantor Nando Reis tem uma música com este nome (púrpura): https://www.youtube.com/watch?v=c4MpK_MrFPs


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segunda-feira, 30 de outubro de 2023

SOSSEGO


Flor de lótus



Sossego, a palavra, de onde vem?

Num dicionário online, descubro algum significado, mas no verbete paciência, o qual está associado a sossego. Lá, está dito que sossego vem do latim sessicare que significa "sentar-se, acomodar-se", ou seja, sair do movimento, parar.

Ah, já sabemos disso! Sim, mas não basta. Essencial seríamos ter sossego como meta, como vivência diária. Por exemplo: falar menos, evitar aborrecer aos outros, dar um tempo na bagunça das redes sociais, entre outros.

Haveria uma educação para o sossego tanto quanto para algo como paciência? Imagino que deveria haver, geral, para todo mundo. Nós, pessoas, necessitamos. Até quem acha que não, também necessita.

O dicionário de que falei é este: https://origemdapalavra.com.br/palavras/sossego/


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MAXIXE



Maxixe


Maxixe é também uma dança que havia no Brasil, em tempos passados. Aqui, para meu interesse, falo da hortaliça de origem africana que, vez ou outra, especialmente na infância, eu comia. Fosse com carne ou feijão, era gostoso sentir aquela coisa estranha, digamos assim, desmanchando-se na minha boca. Muito cozido, não serve, obviamente. E, claro, como comida típica de certa culinária, o que é dizer de certa gente, de certa cultura, marca.

Hoje, com se pode verificar fazendo-se uma pesquisa no Google, há muita informação sobre esta cucurbitácea, a qual goza de prestígio em receitas e comentários.



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domingo, 20 de agosto de 2023

O VENTO, UMA PLANTA E SHAKESPEARE






Epilobium hirsutum.

Os nomes das plantas, os nomes científicos, digo, sempre nos parecem meio estranhos, se comparados aos nomes populares.

Mas esta, não. Seu nome popular é epilóbio-eriçado. Ou seja, uma planta "arrepiada". Da família Onagraceae, a mesma família da brinco-de-princesa.

É medicinal. E, segundo pesquisei, existe em Portugal.

EMOÇÃO






"Já que terminamos
Só resta agora
O Adeus final.
Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal."
- Wanderley Cardoso (intérprete)


Ontem à noite, liguei a TV no "Altas Horas", da Rede Globo, um programa que nem aprecio tanto. Nas atrações, expoentes da chamada Jovem Guarda, como Wanderley Cardoso, Eduardo Araújo, Golden Boys e Martinha. E aí vieram músicas de quando eu era criança, embora isso já fosse de um tempo para além do auge da Jovem Guarda.

Wanderley Cardoso, com uma voz ainda potente, apesar da idade, interpretou "O Bom Rapaz", uma canção simples que eu ouvia, involuntariamente, no rádio que minha mãe sempre mantinha por perto, ali pela cozinha, enquanto cumpria as tarefas. Ingenuidade, simplicidade, pureza, uma canção de um tempo em que a juventude era outra, em que o mundo como um todo era outro, um outro tempo.

Vez ou outra, reencontro a mim mesmo, pelas lembranças. A criança que fui, as tardes, o rádio ligado, imagens que, agora, já não formam tanto um todo orgânico, mas cuja essência permanece. Emoção.



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sábado, 19 de agosto de 2023

OS ESTRANGEIROS


Todos nós, por sermos únicos, somos, de certo modo, estrangeiros. A singularidade de uma pessoa a "isola" das outras, digamos assim. E há ainda as que, como eu, passaram a vida sentindo certo deslocamento em relação às demais, aos costumes, aos valores, às formas de relacionamento.

Na adolescência e na juventude, tudo isso é mais intenso, mais angustiante. Depois, a gente relaxa. Todavia, se somos os tipos próprios dessa forma de ser, isso não desaparece. E somos muitos. Também digo que isso, se não se torna um problema sério, não é uma "doença". É só a singularidade mesmo do indivíduo.

Gosto de música, mas não gosto de festa, por exemplo. É um dos "sintomas". Da mesma forma, digo que nunca fui afeito a determinados "comportamentos padrões", como ser mulherengo apenas por ser homem (num mundo machista) e ter que cumprir tal papel.

Um modo de ver que aclama e oriente e nos lembrarmos que somos muitos, todos estrangeiros, carregando o desafio e a "vaidade" de uma diferença que nos faz algo mais, ao menos para nós mesmos.


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ILUSÃO


Nossa mais presente companhia, se assim podemos dizer, somos nós mesmos, cada um consigo num diálogo (quase) ininterrupto. Conversamos bastante no "silêncio da mente". Há momentos em que brigamos. E aí dá vontade de desaparecer. Bem por isso a pessoa sair de casa, a pé, andar, tomar vento. Sair é bom.

Uma outra observação a que tomo como importante é a de que a maioria dos nossos pensamentos, durante toda a vida, vem e vai. Como algo que se forma e depois de evapora, sem se realizar. Certo pensador, mais ou menos formulando assim, concluiu que o que pensamos, na maioria das vezes, é ilusão - e só! Já que vem e vai e já que é a maioria, então é isso mesmo: ilusão.

Ilusão.

Entretanto, não fique triste. 😜

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

NÃO TENHO TEMPO



Dizemos não tenho tempo, e acreditamos piamente nisso, como se o tempo fosse algo que controlássemos inteiramente, como se fosse um recurso e não um elemento da própria realidade da vida.

Ocupado em excesso, atropelados pelas tantas tarefas, pela enorme pressa do mundo atual, assim nos sentimos, sem tempo, esgotados.

De um pensador do Oriente vi algo de grande simplicidade e não menos profundidade:

"Reduza a um ponto mínimo os seus desejos'" (Swami Sivananda, postado no blog Helenablavatsky.net)

Ele tem razão. A relação desejo-tempo é uma chave para compreendermos melhor o que fazer com o nosso tempo. Menos desejos, mais possibilidade de realizá-los, já que o tempo a ser utilizado estará mais disponível.


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DIA MUNDIAL DO ROCK


Atrasei este post, mas, enfim, resolvi publicar, mesmo a data tendo se passado.



Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. E eu resolvi, então, postar este vídeo dos Titãs, que, no Brasil, é uma das bandas mais significativas.

"Disneylândia"" faz parte do álbum Titanomaquia. A música reflete bem a realidade do mundo pós-globalização.



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segunda-feira, 3 de julho de 2023

MEU VÍCIO É VOCÊ


Um carro bonito, um opala. A porta aberta, o som ligado, um toca-fitas. Nelson Gonçalves abre a voz potente numa melodiosa música, uma música que acalenta tristezas ou as faz mais intensas.

O dono do carro, um senhor por volta dos 60 anos, está muito bem vestido, de branco, tem os cabelos grisalhos, um bigode bem cuidado e fala com autoridade e envolvência. Conversa, bebe, passa a mão no bigode, ri. E é escutado, em verdade, reverenciado, respeitado pelos mais jovens.

Em redor, as acácias pouco balançam sua folhagem. Não há vento, e o sol, aproximando-se do meio dia, é tudo.

Domingos perdidos, folhas de um calendário que é já velho, tempo onde havia demora em viver, passagem lenta, aproveitamento melhor.

E de longe me chega aquela música:

"Boneca de trapo, pedaço da vida
Que vive perdida no mundo a rolar
Farrapo de gente, que inconsciente
Peca só por prazer, vive só por pecar"

O título é "Meu Vício é Você".

E eu não sabia o que era pecado, vício, errância. Então, para mim, tudo era apenas magia.



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