quinta-feira, 20 de julho de 2023

NÃO TENHO TEMPO



Dizemos não tenho tempo, e acreditamos piamente nisso, como se o tempo fosse algo que controlássemos inteiramente, como se fosse um recurso e não um elemento da própria realidade da vida.

Ocupado em excesso, atropelados pelas tantas tarefas, pela enorme pressa do mundo atual, assim nos sentimos, sem tempo, esgotados.

De um pensador do Oriente vi algo de grande simplicidade e não menos profundidade:

"Reduza a um ponto mínimo os seus desejos'" (Swami Sivananda, postado no blog Helenablavatsky.net)

Ele tem razão. A relação desejo-tempo é uma chave para compreendermos melhor o que fazer com o nosso tempo. Menos desejos, mais possibilidade de realizá-los, já que o tempo a ser utilizado estará mais disponível.


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Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

DIA MUNDIAL DO ROCK


Atrasei este post, mas, enfim, resolvi publicar, mesmo a data tendo se passado.



Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. E eu resolvi, então, postar este vídeo dos Titãs, que, no Brasil, é uma das bandas mais significativas.

"Disneylândia"" faz parte do álbum Titanomaquia. A música reflete bem a realidade do mundo pós-globalização.



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segunda-feira, 3 de julho de 2023

MEU VÍCIO É VOCÊ


Um carro bonito, um opala. A porta aberta, o som ligado, um toca-fitas. Nelson Gonçalves abre a voz potente numa melodiosa música, uma música que acalenta tristezas ou as faz mais intensas.

O dono do carro, um senhor por volta dos 60 anos, está muito bem vestido, de branco, tem os cabelos grisalhos, um bigode bem cuidado e fala com autoridade e envolvência. Conversa, bebe, passa a mão no bigode, ri. E é escutado, em verdade, reverenciado, respeitado pelos mais jovens.

Em redor, as acácias pouco balançam sua folhagem. Não há vento, e o sol, aproximando-se do meio dia, é tudo.

Domingos perdidos, folhas de um calendário que é já velho, tempo onde havia demora em viver, passagem lenta, aproveitamento melhor.

E de longe me chega aquela música:

"Boneca de trapo, pedaço da vida
Que vive perdida no mundo a rolar
Farrapo de gente, que inconsciente
Peca só por prazer, vive só por pecar"

O título é "Meu Vício é Você".

E eu não sabia o que era pecado, vício, errância. Então, para mim, tudo era apenas magia.



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sábado, 1 de julho de 2023

O LÁPIS E AS NUVENS





Eu tinha sete anos de idade e não sabia o que estava fazendo. Minha mãe me arrumou, me deu um saco plástico com um caderno sem arame, um lápis com uma borracha em uma de suas extremidades, e, assim, iniciava-se um novo ciclo na minha vida.

Acompanhado de minha irmã mais velha, fui para a escola, primeiro dia de aula. Nossa mãe nos levou.

Até ali, eu nunca tinha visto um lápis. A ideia de utilizar aquilo, com a possibilidade de apagar e fazer de novo, igualmente ou não, atraiu-me. Riscar era criar. A criança, em verdade, desenha, mesmo que sejam as letras do alfabeto. E se sente criativa, inovadora. Eu me sentia assim. Um lápis, uma borracha, um caderno. Descobertas.

ABRIR O CORAÇÃO E SONHAR




Não, não queremos ser ingênuos. Porém, nós, adultos que somos, temos muitas estratégias para viver a ingenuidade. Não é mesmo? No mínimo, carecemos doutras dimensões que não sejam apenas essa do dia-a-dia cansativo.

Mas por que somos ingênuos?

Porque precisamos. Não precisamos é ser tolos. E, de todo modo, porque somos humanos, caímos, aqui e ali, na tolice, escorregamos na ingenuidade, enfim, ninguém é perfeito.

31 DE JANEIRO




Já disse alguém que "os anos ensinam o que os dias desconhecem". A experiência leva, adiante, à consciência do que se passou e, crescendo, observa melhor a realidade, compreendendo de forma mais completa. Com uma dose de nostalgia pelo que foi bom, claro.

Como essa imagem no início do post. Eu não me lembro exatamente. Nem você. Mas foi lá atrás, num dia agora perdido, que saímos para brincar pela última vez com aqueles amiguinhos da infância. Estávamos nos despedindo da mais bela fase da vida, mas não sabíamos.

Fica a saudade, sempre. Uma alegria unida a uma tristeza, harmoniosamente. E gratidão.

A propósito: na imagem, as crianças estão brincando do que, em muitos lugares, se chama de esconde-esconde, mas eu conheço essa brincadeira com outro nome, 31 de janeiro. A gente conta até 31 e sai atrás de "pegar" os outros.


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COM UM OUTONO NA ALMA




Sou nordestino do estado do Ceará, aonde vivo desde sempre. Não sei o que é outono, essa estação que sempre vi em filmes, livros e outras situações.

Também não vivo perto do mar, não usufruo daquele brisa própria que tal ambiente gera.

Sou desse clima seco e quente do interior sem serras frias, cria do que ele gera. Lembro-me inclusive de uma vez em que o músico baiano Tom Zé, falando dos ritmos nordestinos, chamou-os de desidratados. Exemplo: o xaxado. Repare na batida seca da zabumba. Não há umidade ali.

O clima, a música, a comida... Tantas coisas!

O outono, estação mais marcante em outras geografias, é algo que gostaria que aqui também houvesse. Talvez, imagino eu, por me sentir uma pessoa de alma antiga e ver em tal estação algo que me toque por alguma razão que não sei qual seria. Gosto das imagens. E acho que gostaria das sensações outras.

Trago, então, um outono na alma.


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