sábado, 23 de setembro de 2023

GLOBO REPÓRTER NA TRILHA DO "GRANDE SERTÃO: VEREDAS"







As duas últimas edições do Globo Repórter merecem ser vistas por todo brasileiro interessado na cultura do país. Trata-se de uma expedição pelo sertão das Minas Gerais que percorreu os caminhos antes percorridos pelo literato mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967). Muita natureza, gentes, histórias, belezas as mais variadas. Um trabalho primoroso!

A plataforma Globoplay disponibiliza gratuitamente:

1ª Parte (15/09/2023): Globo Repórter - Os Caminhos do 'Grande Sertão: Veredas':


2ª Parte (22/09/2023): Globo Repórter - Os Caminhos do 'Grande Sertão: Veredas':


Bom proveito!



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Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

domingo, 20 de agosto de 2023

O VENTO, UMA PLANTA E SHAKESPEARE






Epilobium hirsutum.

Os nomes das plantas, os nomes científicos, digo, sempre nos parecem meio estranhos, se comparados aos nomes populares.

Mas esta, não. Seu nome popular é epilóbio-eriçado. Ou seja, uma planta "arrepiada". Da família Onagraceae, a mesma família da brinco-de-princesa.

É medicinal. E, segundo pesquisei, existe em Portugal.

EMOÇÃO






"Já que terminamos
Só resta agora
O Adeus final.
Te amar demais
Ser um bom rapaz
Foi o meu mal."
- Wanderley Cardoso (intérprete)


Ontem à noite, liguei a TV no "Altas Horas", da Rede Globo, um programa que nem aprecio tanto. Nas atrações, expoentes da chamada Jovem Guarda, como Wanderley Cardoso, Eduardo Araújo, Golden Boys e Martinha. E aí vieram músicas de quando eu era criança, embora isso já fosse de um tempo para além do auge da Jovem Guarda.

Wanderley Cardoso, com uma voz ainda potente, apesar da idade, interpretou "O Bom Rapaz", uma canção simples que eu ouvia, involuntariamente, no rádio que minha mãe sempre mantinha por perto, ali pela cozinha, enquanto cumpria as tarefas. Ingenuidade, simplicidade, pureza, uma canção de um tempo em que a juventude era outra, em que o mundo como um todo era outro, um outro tempo.

Vez ou outra, reencontro a mim mesmo, pelas lembranças. A criança que fui, as tardes, o rádio ligado, imagens que, agora, já não formam tanto um todo orgânico, mas cuja essência permanece. Emoção.



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sábado, 19 de agosto de 2023

OS ESTRANGEIROS


Todos nós, por sermos únicos, somos, de certo modo, estrangeiros. A singularidade de uma pessoa a "isola" das outras, digamos assim. E há ainda as que, como eu, passaram a vida sentindo certo deslocamento em relação às demais, aos costumes, aos valores, às formas de relacionamento.

Na adolescência e na juventude, tudo isso é mais intenso, mais angustiante. Depois, a gente relaxa. Todavia, se somos os tipos próprios dessa forma de ser, isso não desaparece. E somos muitos. Também digo que isso, se não se torna um problema sério, não é uma "doença". É só a singularidade mesmo do indivíduo.

Gosto de música, mas não gosto de festa, por exemplo. É um dos "sintomas". Da mesma forma, digo que nunca fui afeito a determinados "comportamentos padrões", como ser mulherengo apenas por ser homem (num mundo machista) e ter que cumprir tal papel.

Um modo de ver que aclama e oriente e nos lembrarmos que somos muitos, todos estrangeiros, carregando o desafio e a "vaidade" de uma diferença que nos faz algo mais, ao menos para nós mesmos.


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ILUSÃO


Nossa mais presente companhia, se assim podemos dizer, somos nós mesmos, cada um consigo num diálogo (quase) ininterrupto. Conversamos bastante no "silêncio da mente". Há momentos em que brigamos. E aí dá vontade de desaparecer. Bem por isso a pessoa sair de casa, a pé, andar, tomar vento. Sair é bom.

Uma outra observação a que tomo como importante é a de que a maioria dos nossos pensamentos, durante toda a vida, vem e vai. Como algo que se forma e depois de evapora, sem se realizar. Certo pensador, mais ou menos formulando assim, concluiu que o que pensamos, na maioria das vezes, é ilusão - e só! Já que vem e vai e já que é a maioria, então é isso mesmo: ilusão.

Ilusão.

Entretanto, não fique triste. 😜

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quinta-feira, 20 de julho de 2023

NÃO TENHO TEMPO



Dizemos não tenho tempo, e acreditamos piamente nisso, como se o tempo fosse algo que controlássemos inteiramente, como se fosse um recurso e não um elemento da própria realidade da vida.

Ocupado em excesso, atropelados pelas tantas tarefas, pela enorme pressa do mundo atual, assim nos sentimos, sem tempo, esgotados.

De um pensador do Oriente vi algo de grande simplicidade e não menos profundidade:

"Reduza a um ponto mínimo os seus desejos'" (Swami Sivananda, postado no blog Helenablavatsky.net)

Ele tem razão. A relação desejo-tempo é uma chave para compreendermos melhor o que fazer com o nosso tempo. Menos desejos, mais possibilidade de realizá-los, já que o tempo a ser utilizado estará mais disponível.


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DIA MUNDIAL DO ROCK


Atrasei este post, mas, enfim, resolvi publicar, mesmo a data tendo se passado.



Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. E eu resolvi, então, postar este vídeo dos Titãs, que, no Brasil, é uma das bandas mais significativas.

"Disneylândia"" faz parte do álbum Titanomaquia. A música reflete bem a realidade do mundo pós-globalização.



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segunda-feira, 3 de julho de 2023

MEU VÍCIO É VOCÊ


Um carro bonito, um opala. A porta aberta, o som ligado, um toca-fitas. Nelson Gonçalves abre a voz potente numa melodiosa música, uma música que acalenta tristezas ou as faz mais intensas.

O dono do carro, um senhor por volta dos 60 anos, está muito bem vestido, de branco, tem os cabelos grisalhos, um bigode bem cuidado e fala com autoridade e envolvência. Conversa, bebe, passa a mão no bigode, ri. E é escutado, em verdade, reverenciado, respeitado pelos mais jovens.

Em redor, as acácias pouco balançam sua folhagem. Não há vento, e o sol, aproximando-se do meio dia, é tudo.

Domingos perdidos, folhas de um calendário que é já velho, tempo onde havia demora em viver, passagem lenta, aproveitamento melhor.

E de longe me chega aquela música:

"Boneca de trapo, pedaço da vida
Que vive perdida no mundo a rolar
Farrapo de gente, que inconsciente
Peca só por prazer, vive só por pecar"

O título é "Meu Vício é Você".

E eu não sabia o que era pecado, vício, errância. Então, para mim, tudo era apenas magia.



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sábado, 1 de julho de 2023

O LÁPIS E AS NUVENS





Eu tinha sete anos de idade e não sabia o que estava fazendo. Minha mãe me arrumou, me deu um saco plástico com um caderno sem arame, um lápis com uma borracha em uma de suas extremidades, e, assim, iniciava-se um novo ciclo na minha vida.

Acompanhado de minha irmã mais velha, fui para a escola, primeiro dia de aula. Nossa mãe nos levou.

Até ali, eu nunca tinha visto um lápis. A ideia de utilizar aquilo, com a possibilidade de apagar e fazer de novo, igualmente ou não, atraiu-me. Riscar era criar. A criança, em verdade, desenha, mesmo que sejam as letras do alfabeto. E se sente criativa, inovadora. Eu me sentia assim. Um lápis, uma borracha, um caderno. Descobertas.

ABRIR O CORAÇÃO E SONHAR




Não, não queremos ser ingênuos. Porém, nós, adultos que somos, temos muitas estratégias para viver a ingenuidade. Não é mesmo? No mínimo, carecemos doutras dimensões que não sejam apenas essa do dia-a-dia cansativo.

Mas por que somos ingênuos?

Porque precisamos. Não precisamos é ser tolos. E, de todo modo, porque somos humanos, caímos, aqui e ali, na tolice, escorregamos na ingenuidade, enfim, ninguém é perfeito.

31 DE JANEIRO




Já disse alguém que "os anos ensinam o que os dias desconhecem". A experiência leva, adiante, à consciência do que se passou e, crescendo, observa melhor a realidade, compreendendo de forma mais completa. Com uma dose de nostalgia pelo que foi bom, claro.

Como essa imagem no início do post. Eu não me lembro exatamente. Nem você. Mas foi lá atrás, num dia agora perdido, que saímos para brincar pela última vez com aqueles amiguinhos da infância. Estávamos nos despedindo da mais bela fase da vida, mas não sabíamos.

Fica a saudade, sempre. Uma alegria unida a uma tristeza, harmoniosamente. E gratidão.

A propósito: na imagem, as crianças estão brincando do que, em muitos lugares, se chama de esconde-esconde, mas eu conheço essa brincadeira com outro nome, 31 de janeiro. A gente conta até 31 e sai atrás de "pegar" os outros.


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COM UM OUTONO NA ALMA




Sou nordestino do estado do Ceará, aonde vivo desde sempre. Não sei o que é outono, essa estação que sempre vi em filmes, livros e outras situações.

Também não vivo perto do mar, não usufruo daquele brisa própria que tal ambiente gera.

Sou desse clima seco e quente do interior sem serras frias, cria do que ele gera. Lembro-me inclusive de uma vez em que o músico baiano Tom Zé, falando dos ritmos nordestinos, chamou-os de desidratados. Exemplo: o xaxado. Repare na batida seca da zabumba. Não há umidade ali.

O clima, a música, a comida... Tantas coisas!

O outono, estação mais marcante em outras geografias, é algo que gostaria que aqui também houvesse. Talvez, imagino eu, por me sentir uma pessoa de alma antiga e ver em tal estação algo que me toque por alguma razão que não sei qual seria. Gosto das imagens. E acho que gostaria das sensações outras.

Trago, então, um outono na alma.


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