Entre um pequeno espaço onde ficam as plantas, na frente da casa, e a calçada vive um sapo do tipo cururu. Este é o seu universo. Só, move-se, cuidadosamente, evitando humanos, escapando aos cães da rua, permanecendo longe dos automóveis, pegando insetos e aproveitando a água que cai dos vasos.
Na madrugada, sorrateiro e sábio, sobe a calçada e arrasta-se para dentro do recipiente onde colocamos água para os gatos. É onde, suponho, encontra um pedaço de paraíso. Pela manhã, entretanto, é "expulso", tendo nós que lavar o recipiente e enchê-lo novamente com água limpa.