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quinta-feira, 13 de junho de 2024

Um Par de Faisões na Neve



Um par de faisões na neve (1910)
- Ohara Koson



Nunca vi um faisão. Digo: de perto, nunca. Vi em filmes, livros, revistas, internet. E, com isso, penso em tudo o que nunca vi, digamos, pessoalmente, à distância de metros. A maioria das coisas.

Como a maioria das pessoas, o que vi são imagens. Ou ideias ("ouvi dizer, li em algum lugar, etc"). E disso, se posso, digo: é um mundo real, possível de credibilidade, mas, simultânea e contraditoriamente, irreal, posto que mais imaginado que diretamente experienciado.

Somos todos, assim, guardadores de ilusões (imagens) que vêm e vão num fluxo ininterrupto até que nossas vidas cessem e nossos olhos deixem de perceber.

Reflito isso a partir desta bela gravura japonesa de Ohara Koson, "Um par de faisões na neve". Gosto desta forma de arte.

A propósito: também nunca vi neve. Pessoalmente falando, à distância de metros ou da mão.


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Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.