sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

COPA DO QATAR


Vi alguns jogos da Copa do Qatar. E, inevitavelmente, empolguei-me. O futebol é assim. O que não gosto, nessas ocasiões, é de certa torcida, a qual, durante e após os jogos da seleção brasileira, solta fogos, faz muito barulho, carreatas e tal. Não considero alegria, mas perturbação mesmo.

A nossa seleção está fora. Falhas que terão que ser corrigidas. E domingo tem a final entre Argentina e França. Nenhuma das duas é minha preferência, mas, se tiver que escolher, fico com a Argentina (deixemos na América do Sul mais uma taça).

Em especial, eventos como uma Copa nos alimentam com o sentido de mundo unido, apesar de ser uma competição. E eu acho isso bom. Ademais, passamos um mês vendo outro país, curiosidades, história, gentes, enfim, nos enriquecemos. E a Copa do Qatar foi bonita, bem estruturada. Valeu!

Como brasileiro, resta-me dizer ATÉ 2026! Com a esperança de termos por cá uma seleção melhor.


Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

O EXCESSO DE FALA NA MÍDIA



Há muita fala na mídia, seja a TV ou o Rádio. Não cito a internet, por considerá-la um caso à parte. Antes, no passado, se ligávamos a TV, o que costumávamos ver, é o que daríamos como fantasia, uma ficção ou algo parecido. E os "certinhos" chamavam de "alienação". Mas era melhor que hoje.

Hoje em dia, ligamos a TV e o que vemos? Uma roda de pessoas conversando, opinando, fala daqui, fala dali, o reino encantado das opiniões. Consensuais, claro, como se as pessoas participantes tivessem recebido um script.

Mesmo a ficção, às vezes, seja uma novela, por exemplo, esbarra no "tesão de mostrar a realidade como ela é", ou seja, lembrar ao telespectador que ele vive numa miséria infinita. Não à toa a ênfase excessiva em personagens de péssimo caráter. Aquela história do bem contra o mal, esqueça. O negócio de agora é um masoquismo chamado "distopia". Quanto mais sofrimento, melhor. Para quem?

Não sendo isso, lá se vem a imprensa com seus zilhões de notícias ruins, as igrejas pregando e por aí vai.

A TV, como o Rádio, poderia ter menos fala e mais cultura, conhecimento mesmo. Seria melhor.


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terça-feira, 22 de novembro de 2022

ERAMOS CARLOS, UM NOSSO VELHO CONHECIDO



Erasmo Carlos
(5 de junho de 1941 a 22 de novembro de 2022)


Partiram, hoje, os cantores Pablo Milanés (Cuba) e Erasmo Carlos (Brasil). A imprensa dá notícia e as pessoas, nas redes sociais, estão fazendo muitas, e merecidas, homenagens.

Por razões óbvias, penso especialmente em Erasmo Carlos, que ouvi, pela primeira vez na infância. Cantor de música popular, tendo se iniciado nos anos 1960 com a "Jovem Guarda", Erasmo tocava no rádio: "Ê mãe / Não sou mais menino / Não é justo que também queira parir meu destino" ("Filho Único"). Figura de ar doce e terno, marca-nos não só pela música, mas, também, pela sua presença leve, alegre e agradável.

O programa Conversa com Bial, do jornalista Pedro Bial, realizou, em 2021, uma emocionante entrevista com Erasmo. Ver neste link: https://globoplay.globo.com/v/9577044/.


|Imagem: Foto do artista retirada de seu perfil no Facebook



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domingo, 20 de novembro de 2022

GOSTO DO QUE É ANTIGO




Gosto do que é antigo, especialmente imagens, fotografias. Não sei explicar ao certo o porquê desse gosto, nem creio que necessite. Talvez, seja uma forma de viajar no tempo, na imaginação, tentar capturar algo que no aqui-agora ou não existe ou existe de outro modo.

A foto acima, da página Lumière de l'Atelier, foi feita por Annick Girardin, em Paris, no ano de 1930. Dois amiguinhos curiosos por alguma coisa que vai lá na rua.


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A REVOADA DOS PARDAIS

A revoada dos pardais, no final da tarde. Quando as árvores eram outras, o trânsito era menos e a pressa era mais coisa de ficção. Lembro-me bem disto. Ao fundo, o céu suave sob o sol em despedida. Os que se iam, os que vinham, alguém carregando pães à mão, velhos conversando em alguma calçada.

Há coisas nesta vida que valem a vida inteira, caso bem observemos.

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sábado, 19 de novembro de 2022

FAZER NADA


Às vezes, o que uma pessoa precisa, é deitar-se no escuro e deixar o tempo passar, pousar sobre a cama o corpo e a mente, como se jogasse à margem duma estrada a carga excessiva que lhe põe dor aos ombros. Isto significa fazer nada. O nada é, em boa parte, um grande remédio. E é quase sempre muito disponível, assim queiramos.

Por exemplo: fazer silêncio, é uma forma de compor o nada, ou seja, de dar ausência de voz, acatar o silêncio. Outra forma de fazer nada: ler poesia. Ou curtir Wynton Marsalis.

Mas, não só. Vem-me da infância uma das mais belas formas de se fazer nada, que era andar de bicicleta. Sou muito grato a quem inventou esse meio de transporte, pois, antes de qualquer coisa, a função da bicicleta é ser mágica, lúdica.

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SAIR POR AÍ DE MADRUGADA


Confesso que gostaria de sair por aí de madrugada, a pé, para gastar umas duas horas andando pela cidade. Não em todos os dias, mas ao menos uma vez por mês. E isso não tem a ver com algum tipo de divertimento, curtição, aventura amorosa ou ilícita mesmo. Seria uma caminhada contemplativa, em silêncio, sozinho, entrando numa rua, saindo noutra, parando um pouco numa praça, sentindo a noite mais profunda.

Claro, nestes tempos em que vivemos, isso realmente não é possível. Ao menos sem se arriscar a topar com alguma coisa indesejável. E a própria sensação de que algo nocivo pode estar por aí, faz-me desistir da ideia.

Saiba o brasileiro geral que não são apenas as cidades grandes que guardam perigos. Nós, destas lonjuras Brasil adentro, que antes podíamos andar despreocupados, já não contamos com a mesma sorte.

Nossas cidades todas acabaram se tornando, um pouco ao menos, as Gothan City deste século XXI. Sem Batman que dê jeito, obviamente.


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Blog

Lembro-me dos primeiros blogs, uma novidade a qual não percebi como potencial logo de início.

Em seguida, muita gente passou a fazer uso. Até a chegada de redes sociais como Orkut e Facebook, quando o ato de blogar (postar) migrou para lá.

Ainda assim, sempre mantive meu gosto por esta forma (blog) de atuar na web. E sei que outros mais a mantém.

Sigamos, então, em frente!


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Vida e Transformação





Passeando com o cachorro, num dia comum, vi, de repente, um couro de sapo. Estava ressecado pelo sol, coberto com um pouco de poeira, a poeira da rua, mas era mesmo um couro de sapo. Ou, melhor dizendo, a remanescência de uma vida, de um ser único, aquele sapo que um dia fora e agora não era mais. Disto me dei conta.

Ah, mas é só um sapo, diria alguém na pressa. E eu responderia: não, não é só um sapo. A natureza produziu aquele ser diferenciado do resto, ele como ele mesmo, único, igual apenas como parte de uma família, a dos sapos, mas dotado de vida própria surgida num momento em que a natureza operou para que aquilo acontecesse, tal a tudo que o milagre da natureza manifesta.

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

Amada Solidão



The Lee Shore (1941) - Edward Hopper


Gosto de ficar só. Mas, obviamente, nem sempre foi assim. Já me apavorei com solidão, especialmente quando jovem. É que o jovem é mais gregário, mais da turma, mais de estar por aí pelo mundo, reunido em bando. E, para tanto, abrir contatos, conhecer novas pessoas e por aí vai. Ou seja, o jovem segue um rumo diferente do rumo da solidão. Mas, de uns tempos pra cá, eu que não sou mais jovem, gosto muito de ficar só. Gosto de ficar no meu silêncio, sentindo-me longe de tudo, como quem viaja de trem por uma paisagem bonita, dia de sol, à janela, olhando, navegando, deixando-se estar, sem pressa e sem desejo, calado.

O Nosso Rio






Beira de rio, raso de água. Entre lodo, plantas e areia, aqueles peixes pequeninos, piabas, furtivamente deslizando. O sol me bate às costas, mas o vento me suaviza o calor. É longe, mas especialmente no tempo. Criança, novamente sou sem maiores máculas. Uma manhã me pertence, como pertence aos meus amiguinhos, esses que brincam, dentro ou fora da água. O tempo os levará e nos esqueceremos uns dos outros. Mas nada disso será por mal. É apenas a vida como ela sempre acontece.

Esta data, que é, como outras, do dia tal dalgum mês, não a lembrarei exatamente quando o futuro chegar. Aqui, à beira deste velho rio, sequer me dou conta de algo mais que o momento. Não sei pescar, nem aprenderei, mas não importa. Mais tarde, observarei minhas mãos enrugadas pelo tempo tanto que passei sob a água. Antes, almoçarei, sem cansaço, afinal, sou criança e não me canso facilmente. A tarde seguirá, lenta e arrastada. Por ora, o rio passa, o tempo passa, sem pressa, e eu cá estou.

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Um Galho, Uma Nuvem e O Nosso Olhar





Uma imagem, sua multiplicação rápida, muitos olhares sobre ela, elogios (ou desdém) e, em seguida, o esquecimento. Assim tem sido com o que (não) degustamos nestes tempos de velocidade, de instantaneidade, de miríades de informação e discussões mil. Entretanto, não estou aqui para cair no lugar-comum que é falar mal da internet. Vejo a rede global como possibilidade e, como tudo que é impactante, impossível de também gerar mudanças, digamos, perturbadoras.