sábado, 10 de junho de 2023

Aluá


Meio do ano, junho, mês de significado, especialmente para o Nordeste Brasileiro. Diz-se tempo de festas, as juninas, "Viva São João!". Alegria. E, também, incômodos alguns, como o barulho de fogos.

Nos meus 12 anos, cursando a 5 ª Série, participei de uma quadrilha. Meninos, meninas, todos meio tímidos, mas alegres.

Ensaiamos um tempão, e, enfim, chegou o dia da apresentação. Fizemos bonito! Foi divertido.

Porém, para além da dança, havia as comidas. Bolo de milho, pé-de-moleque, um monte de coisas boas. E uma bebida: aluá. Foi a primeira vez que me senti embriagado. Ao terminar tudo, fui pra casa debaixo de um sol forte, mas, conforme o meu estado, muito agradável. O aluá é gostoso!

Viva o aluá!


Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

Ausência


Ausência. Procurar e não encontrar, exceto as marcas daquilo que "deveria estar" em determinado lugar, mas já não se encontra.

Ausência dada/sinalizada por uma cadeira, por exemplo. Aonde está quem nela se sentava?

Vivemos cercados destas faltas, lacunas, vazios que, muito ou pouco, nos doem.

Em particular, sinto falta da cidade que outrora foi e que agora já não mais é. Não que tudo da cidade de agora me desagrade, mas, verdade, seja dita: a agonia é o que, hoje, marca a paisagem. Agonia da pressa, do desencontro, da falta de tempo, do barulho, dos beberrões, enfim, é isso. Como diz a música, "Eu me sinto um estrangeiro / Passageiro de algum trem / Que não passa por aqui / Que não passa de ilusão" (Engenheiros do Hawai).

Ausência.

Mas, sou só um transeunte, "nuvem passageira", como você, leitor ou leitora!

Sigamos!




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sexta-feira, 5 de maio de 2023

Harold Lloyd - Gênio do Cinema Mudo




Além de comediante, Lloyd foi ator, diretor, produtor e roteirista. Nasceu aos 20 de abril de 1893 e faleceu aos 8 de março de 1971. Natural de Nebraska, USA.

Importante que se diga: não se trata de uma cópia de Charles Chaplin, mas um comediante/ator de envergadura, muito criativo em seu personagem franzino e atrapalhado, como se vê no vídeo.

Muito engraçada e interessante a maneira como ele se "enrola" com os objetos, o meio, enfim, a maneira como usa o universo próximo como parceiro.

O vídeo está postado no canal do Sr. Don McHoul: https://www.youtube.com/watch?v=zqzWurPE01Y


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segunda-feira, 1 de maio de 2023

TV Pra Quê?






Pouca coisa se vê na TV que realmente tenha valor cultural significativo. Assim penso. Todavia imagino se esse poderoso artefato pudesse ser realmente utilizado para objetivo melhor. Seria mais atraente e mais útil. Seria, sim, neste caso, um grande serviço prestado ao povo, afinal, a TV tem o poder de atingir milhões de pessoas, simultaneamente. Mas, a depender de quem hoje faz a TV, o que temos é isso aí: muito dinheiro consumido em programação perfeitamente dispensável.


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segunda-feira, 13 de março de 2023

UM AMBIENTE BROTHER LOUIE



Ouvindo "Brother Louie", da dupla alemã Modern Talking, imagino algum lugar em que um garota de videoclip aparece e some, fazendo um jogo de sedução, um brinquedo de se viver, sem maiores afetações. Já fomos assim, culturalmente falando. Já fomos esses brinquedos e essas brincadeiras onde não necessitávamos de tanta "seriedade" para defender esta ou aquela ideia. Brother Louie, agora sem aspas, é uma canção por demais simples, pop, do tipo que se escuta por aí, na rua, ou descansando no quarto, tomando banho....

E é disso que sinto falta. Digo: de um mundo menos complicado e menos competitivo, onde não tenha que fazer tanta "ginástica" nas relações interpessoais.

Ok, Brother Louie?



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Untitled

Untitled, sem título, sem nome. É como, às vezes, vejo "nomeadas" certas pinturas, em verdade, muitas. De certo modo, incomoda-me não terem nomes, mesmo que vagos. É como se, não havendo nomeação, houvesse silêncio, silêncio como falta, lacuna, algo suspenso, algo que se vai saber, mas não se sabe. Talvez tudo isto porque gosto de palavras e designações.

Aqui, contudo, lembro-me de um texto que dizia que as coisas, em si, não têm nomes. Nós, humanos, é que, por necessidade, damos-lhes nomes e classificações. E nos enganamos ao achar que os nomes são mais importantes que as coisas.


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Olhando Estrelas




Aglomerado estelar Trumpler 14



Em silêncio, as estrelas brilham. Apenas sua luz, geralmente azul, nos toca. Longe estão, muito longe, umas mais, outras menos. Em céu distante da cidade, vê-se com mais clareza sua força. Misteriosas, mostram seu azul, mas ocultam suas trajetórias, suas vidas. Depois, ao crescermos, descobrimos que a ciência as estuda. Uma ciência em particular:  a astronomia, uma ciência para poucos.

Lembro-me de quando era criança e, nalgum momento, alguém me apontou algo no céu e me deu explicação rasa (informal, pessoal), mas mágica. Agora, a partir daquele momento, havia estrelas, esses entes que eu compararia com a lua, outra forma de astro, e saberia serem mistérios do céu, oriundos das profundezas do espaço sideral, coisa de filme de ficção científica.

O Velho Siamês






O velho siamês chegou de mansinho, como quem nada quer, e ficou observando, sem se aproximar totalmente. Era o momento em que eu alimentava os outros gatos. Ração aqui, ração ali, todos comiam, mas o siamês, à certa distância, só olhava, parecendo cismado. Percebi, obviamente, seu interesse: a ração. Apesar de quieto, parecia faminto. Não sei de onde ele vinha até o ver pela primeira vez, num dia qualquer

Quando os outros terminaram de comer e se afastaram, eis que o velho siamês se aproximou do que restou e começou a comer. Comia devagar, só, atento à ração e cuidando de se proteger. Parecia cismado - e era. Um gato graúdo, de corpo forte, mas aparentando idade. O formato da cabeça, o pelo e certa atitude denunciavam seus anos de vida. Era velho mesmo, mas inteiro, forte, valente, decidido. E ensimesmado, figura de poucas amizades. Chegava, não se relacionava com os outros gatos, esperava sua ração, comia e ia-se embora. Ou ficava por ali, à sombra, pois o sol é bem feroz nesse nosso nordeste, ainda mais em tempos de estio.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

COPA DO QATAR


Vi alguns jogos da Copa do Qatar. E, inevitavelmente, empolguei-me. O futebol é assim. O que não gosto, nessas ocasiões, é de certa torcida, a qual, durante e após os jogos da seleção brasileira, solta fogos, faz muito barulho, carreatas e tal. Não considero alegria, mas perturbação mesmo.

A nossa seleção está fora. Falhas que terão que ser corrigidas. E domingo tem a final entre Argentina e França. Nenhuma das duas é minha preferência, mas, se tiver que escolher, fico com a Argentina (deixemos na América do Sul mais uma taça).

Em especial, eventos como uma Copa nos alimentam com o sentido de mundo unido, apesar de ser uma competição. E eu acho isso bom. Ademais, passamos um mês vendo outro país, curiosidades, história, gentes, enfim, nos enriquecemos. E a Copa do Qatar foi bonita, bem estruturada. Valeu!

Como brasileiro, resta-me dizer ATÉ 2026! Com a esperança de termos por cá uma seleção melhor.


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O EXCESSO DE FALA NA MÍDIA



Há muita fala na mídia, seja a TV ou o Rádio. Não cito a internet, por considerá-la um caso à parte. Antes, no passado, se ligávamos a TV, o que costumávamos ver, é o que daríamos como fantasia, uma ficção ou algo parecido. E os "certinhos" chamavam de "alienação". Mas era melhor que hoje.

Hoje em dia, ligamos a TV e o que vemos? Uma roda de pessoas conversando, opinando, fala daqui, fala dali, o reino encantado das opiniões. Consensuais, claro, como se as pessoas participantes tivessem recebido um script.

Mesmo a ficção, às vezes, seja uma novela, por exemplo, esbarra no "tesão de mostrar a realidade como ela é", ou seja, lembrar ao telespectador que ele vive numa miséria infinita. Não à toa a ênfase excessiva em personagens de péssimo caráter. Aquela história do bem contra o mal, esqueça. O negócio de agora é um masoquismo chamado "distopia". Quanto mais sofrimento, melhor. Para quem?

Não sendo isso, lá se vem a imprensa com seus zilhões de notícias ruins, as igrejas pregando e por aí vai.

A TV, como o Rádio, poderia ter menos fala e mais cultura, conhecimento mesmo. Seria melhor.


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