Ontem à noite, liguei a TV no "Altas Horas", da Rede Globo, um programa que nem aprecio tanto. Nas atrações, expoentes da chamada Jovem Guarda, como Wanderley Cardoso, Eduardo Araújo, Golden Boys e Martinha. E aí vieram músicas de quando eu era criança, embora isso já fosse de um tempo para além do auge da Jovem Guarda.
Wanderley Cardoso, com uma voz ainda potente, apesar da idade, interpretou "O Bom Rapaz", uma canção simples que eu ouvia, involuntariamente, no rádio que minha mãe sempre mantinha por perto, ali pela cozinha, enquanto cumpria as tarefas. Ingenuidade, simplicidade, pureza, uma canção de um tempo em que a juventude era outra, em que o mundo como um todo era outro, um outro tempo.
Vez ou outra, reencontro a mim mesmo, pelas lembranças. A criança que fui, as tardes, o rádio ligado, imagens que, agora, já não formam tanto um todo orgânico, mas cuja essência permanece. Emoção.
Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso - Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.
Todos nós, por sermos únicos, somos, de certo modo, estrangeiros. A singularidade de uma pessoa a "isola" das outras, digamos assim. E há ainda as que, como eu, passaram a vida sentindo certo deslocamento em relação às demais, aos costumes, aos valores, às formas de relacionamento.
Na adolescência e na juventude, tudo isso é mais intenso, mais angustiante. Depois, a gente relaxa. Todavia, se somos os tipos próprios dessa forma de ser, isso não desaparece. E somos muitos. Também digo que isso, se não se torna um problema sério, não é uma "doença". É só a singularidade mesmo do indivíduo.
Gosto de música, mas não gosto de festa, por exemplo. É um dos "sintomas". Da mesma forma, digo que nunca fui afeito a determinados "comportamentos padrões", como ser mulherengo apenas por ser homem (num mundo machista) e ter que cumprir tal papel.
Um modo de ver que aclama e oriente e nos lembrarmos que somos muitos, todos estrangeiros, carregando o desafio e a "vaidade" de uma diferença que nos faz algo mais, ao menos para nós mesmos.
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Nossa mais presente companhia, se assim podemos dizer, somos nós mesmos, cada um consigo num diálogo (quase) ininterrupto. Conversamos bastante no "silêncio da mente". Há momentos em que brigamos. E aí dá vontade de desaparecer. Bem por isso a pessoa sair de casa, a pé, andar, tomar vento. Sair é bom.
Uma outra observação a que tomo como importante é a de que a maioria dos nossos pensamentos, durante toda a vida, vem e vai. Como algo que se forma e depois de evapora, sem se realizar. Certo pensador, mais ou menos formulando assim, concluiu que o que pensamos, na maioria das vezes, é ilusão - e só! Já que vem e vai e já que é a maioria, então é isso mesmo: ilusão.
Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso - Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.