segunda-feira, 13 de março de 2023

UM AMBIENTE BROTHER LOUIE



Ouvindo "Brother Louie", da dupla alemã Modern Talking, imagino algum lugar em que um garota de videoclip aparece e some, fazendo um jogo de sedução, um brinquedo de se viver, sem maiores afetações. Já fomos assim, culturalmente falando. Já fomos esses brinquedos e essas brincadeiras onde não necessitávamos de tanta "seriedade" para defender esta ou aquela ideia. Brother Louie, agora sem aspas, é uma canção por demais simples, pop, do tipo que se escuta por aí, na rua, ou descansando no quarto, tomando banho....

E é disso que sinto falta. Digo: de um mundo menos complicado e menos competitivo, onde não tenha que fazer tanta "ginástica" nas relações interpessoais.

Ok, Brother Louie?



Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

Untitled

Untitled, sem título, sem nome. É como, às vezes, vejo "nomeadas" certas pinturas, em verdade, muitas. De certo modo, incomoda-me não terem nomes, mesmo que vagos. É como se, não havendo nomeação, houvesse silêncio, silêncio como falta, lacuna, algo suspenso, algo que se vai saber, mas não se sabe. Talvez tudo isto porque gosto de palavras e designações.

Aqui, contudo, lembro-me de um texto que dizia que as coisas, em si, não têm nomes. Nós, humanos, é que, por necessidade, damos-lhes nomes e classificações. E nos enganamos ao achar que os nomes são mais importantes que as coisas.


Pequeno, mas possível. E suficiente. Mínimo, humilde, adequado. Este bloguinho de nome curioso -
Só Um Transeunte -, o qual se quer simples e de bom uso, é administrado por Webston Moura, que é Tecnólogo de Frutos Tropicais, cronista e poeta.

Olhando Estrelas




Aglomerado estelar Trumpler 14



Em silêncio, as estrelas brilham. Apenas sua luz, geralmente azul, nos toca. Longe estão, muito longe, umas mais, outras menos. Em céu distante da cidade, vê-se com mais clareza sua força. Misteriosas, mostram seu azul, mas ocultam suas trajetórias, suas vidas. Depois, ao crescermos, descobrimos que a ciência as estuda. Uma ciência em particular:  a astronomia, uma ciência para poucos.

Lembro-me de quando era criança e, nalgum momento, alguém me apontou algo no céu e me deu explicação rasa (informal, pessoal), mas mágica. Agora, a partir daquele momento, havia estrelas, esses entes que eu compararia com a lua, outra forma de astro, e saberia serem mistérios do céu, oriundos das profundezas do espaço sideral, coisa de filme de ficção científica.

O Velho Siamês






O velho siamês chegou de mansinho, como quem nada quer, e ficou observando, sem se aproximar totalmente. Era o momento em que eu alimentava os outros gatos. Ração aqui, ração ali, todos comiam, mas o siamês, à certa distância, só olhava, parecendo cismado. Percebi, obviamente, seu interesse: a ração. Apesar de quieto, parecia faminto. Não sei de onde ele vinha até o ver pela primeira vez, num dia qualquer

Quando os outros terminaram de comer e se afastaram, eis que o velho siamês se aproximou do que restou e começou a comer. Comia devagar, só, atento à ração e cuidando de se proteger. Parecia cismado - e era. Um gato graúdo, de corpo forte, mas aparentando idade. O formato da cabeça, o pelo e certa atitude denunciavam seus anos de vida. Era velho mesmo, mas inteiro, forte, valente, decidido. E ensimesmado, figura de poucas amizades. Chegava, não se relacionava com os outros gatos, esperava sua ração, comia e ia-se embora. Ou ficava por ali, à sombra, pois o sol é bem feroz nesse nosso nordeste, ainda mais em tempos de estio.